domingo, 31 de julho de 2016

Berlim

Um muro que desmorona nem sempre deve ser reconstruído. Talvez você precisasse conhecer o outro lado e aprender a apreciar o mato verde e as flores coloridas que ficavam escondidos.

Nem sei quando vai passar, mas tá doendo sim...
Minha rota de fuga talvez nem surta o efeito que, inconscientemente, eu forjei.
Talvez tudo não passe de ilusão e acabe em mágoas profundas.

Reduza a minha pressa e intensidade, por favor! 

Seria tão mais fácil se não fosse dessa forma. Se não houvesse essa necessidade quase que intrínseca de dar o melhor, de permanecer presente. 
Fazes de mim alguém melhor...
Nem que pra isso eu precise abrir mão de mais alguns valores...

No que eu me transformei? 
No que nós me transformamos?
Outrora eu mesma me compreenderia?

Sem eximir da culpa, compreendo que sou menina, que sou matuta em busca de algo que ainda não se faz presente.

Preciso saber a quem perguntar por esse algo, pois meu interior está se deteriorando aos poucos. E está ardendo muito.

domingo, 3 de janeiro de 2016

Please, don't go

Saudades de você, do Jack;
Das histórias que eu não vivi;
Das emoções que eu surrupiei;
Dos filmes que eu desisti.

Sinto falta do que não existe;
Do tom usado para me deprimir;
E deprimia...
Meu pai, lembro de algo;
Lembro de um sentimento estranho;
Algo que nunca mais ousou aparecer
Pudera!

As risadas ficaram perdidas no tempo;
As conversas esquisitas..
Aquelas em que eu era culpada;
Onde eu me deteriorava 
Demonstrando a minha real capacidade
De te atingir sem anseios..
Aventura escurecida.

Por favor não vá!
Por favor me ensine, me ouça
Finja ao menos...
Prometa não esquecer jamais
Que sou fogo,
Porém brasa ao sol
E ainda assim, 
Lembrarás da essência 
Teimarás em permanecer.

As duas criaturas fazem sentido,
Nessa história louca.
Vocês se parecem mesmo.
Me to.

Uma vinheta global inocente,
Que me instiga apenas agora
A acreditar ou talvez 
A desvanecer e aceitar
Minha sina;
Meu fim;
Meu destino.
Tanto faz agora.
Já é tarde?


terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Devaneios sórdidos

Gostaria apenas de voltar ao pretérito imperfeito,
Onde enfim, eu seria algo a mais.
Exatamente o que me falta,
O que me cerca, cala e emudece 
De formas em que não sei mais
Não sei mais quem fui,
Tampouco o que seria,
Menos ainda o que sou.

Fundo do poço das ideias
Clareza de pensamentos...
É isso o que urge
Temperos insalubres
Pra aromatizar uma vida de promessas
De devaneios sórdidos 
De 'sei lá quem disse'
Caprichos que toldaram toda a alma
De um ser que nada mais almejava
Senão independência.

Quem imaginaria, oh donzela da boca exígua.
Exigências que não foram planejadas
Planos que de tanto serem modificados
Perderam a essência
Mas que essência?
Que o favo do seu mel seja amiudemente
Quebrado.
Que tu te tornes novamente 
Aquilo que um dia fez sentido
Ou que nunca te percas 
Em vãs tentativas de acertar.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Sonhos em metástase

Ao ar livre
Sorri, sou sua!
Dengo de menina
Armário de docinhos
Olhares atentos ao véu

Um lar. 
Não pra mim, mesmo nesse meio
Não para afogar meus anseios
Não para afugentar minhas dores
Mas para a que as suportou 
Um dia.

Maresia sim
Vento no rosto
Delicia de banho gelado e azul
Desejo-te!

Mas eles ainda restam
Calados
Ríspidos
Curiosos
Absortos
Incompreensíveis.

Vários.

E profundos.

Dificuldade sem precedentes
Principalmente de sanar o gelo
Enxugá-lo até que enfim
Se aprecie sua extinta 
Simpatia e carisma

Sonhei, vivi e esqueci.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Outono

Quem?
Se tudo aconteceu, foi por algum motivo. Não me reconheço mais. Não tenho total controle sobre o que imaginei que tivesse. A cada dia regrido no tempo, porém contrario o espaço. Já não vejo motivos plausíveis, porém também não enxergo ausências promissoras. Por tudo o que houve, o que haverá de ser de mim e de tudo isso? 
Envergonho-me, culpo-me. Por que as lágrimas hesitam em não colidir com minha surrada cútis? Orgulhei-me algum dia obscuro, porém não sei d'onde.
Quem é ele que tem o poder tão persuasivo, ousado e veloz de me fazer contrariar a mim mesma? 
Quem sou eu, que enquanto detentora de livre arbítrio, sinto o poder ecoar nos rubros lábios de meu espelho?
Já não sei o que quero. Já não sinto forças para prosseguir no mesmo passo, na mesma música, melodia e sintonia de outrora. 
Mesmo ciente de que o contrário de tudo isto é o que deve ser feito, me rendo ao cansaço. À basbaquice. À melancolia de viver.
Se tudo fosse como na infância, o algodão doce continuaria rosa. E não mais agridoce e marrom.
Penso em depois. Acho que a fantasia está chegando ao fim. Vejo o que quero, porém sinto algo diferente sobre tudo. 
Não preciso de todos, mas os poucos realmente são ínfimos. E na sua quietude de existência, me enlouquecem pelo simples fato de que sou gelo.
Simples. Triste. Pequenos. Feridas na alma. Monotonia. 
Gosto de chuva, mas prefiro o Hawaii.
Ainda ouço aquela música, mas preciso me concentrar.
Todo o balanço tem a ver com nossos erros, baby? Já passou, calma.
Vai ficar tudo bem.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Delírios de epitáfio


Me pergunto "se"...
Respondo ao paradoxo que isto se torna, tentando compreender sua verdadeira e real sentença. 

Será tardar demasiado? 
Apenas lateralmente.
Na verdade não mais me domino 
Neste sentido
Visto que estou do outro lado
E dele só compreendo em partes.
A visão é turva, lapidada, rejuvenescida 

Nao há candidatos ao meu cargo, decerto
Não vejo melhor sentença 
Ele ainda sobrevoa 
Ainda adormece
Quem sabe quando tudo for efêmero?

Quando todos e inclusive eu mesma
Estivermos totalmente bem delineados
Robustos 
Certificados 
Resignados.

Quem sabe quando a sombra 
Essa que tanto me afugenta 
Essa que não me traz escolhas 
Essa que mesmo em face do maior encanto
Ainda assim me torna sã e tola.

Algum dia tudo se esvai 
E neste mesmo ínterim 
Chegarei ao meu destino
Epitáfio 
A lábia traduzida em sabedoria popular
Que é traiçoeira e fatídica, enfim.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Sono e wedding

Talvez eu esteja velha
Com menos que 3 décadas
Talvez você seja o único encaixe
Perfeito, por assim dizer.

Talvez eu esqueça, você não
Quem sabe?
Talvez mudemos
Talvez emudeçamos 
E finalmente tudo se esvaia 

Não por mim ou pela carne
Nem pelo mínimo, mas pelo macro
Pelo intangível hoje
Mas promissor no porvir

O propósito é certo e fatídico 
Ninguém ousa duvidar 
A coroa de flores será linda
O terno estará bem alinhado 
O sol, sorridente e satisfeito
As árvores hão de exalar aromas 
Aromas adocicados por nós

Pelo nosso amor 

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Adendo

Enganei-me.
Felizmente acordei à realidade
A qual já estava prevista 
Desde sempre. Sempre.

Jamais teria sossego se o fizesse
Como imaginava-se outrora.

Há certas sensações que intrigam,
Que anestesiam nosso âmago.
Mas que finalmente nos calam;
E aborrecem as vibrações antagônicas 
Desta inevitável e necessária situação.

Amor. 
Amor.
Meu.
Sua.
Sempre.
And always.
Sem dúvidas.



segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O ultimo início

Tudo muda 
Muda a parte e "responde" o todo
Sempre e até o fim
Até mesmo aquele amor 
Aquele incondicional 
Que na verdade 
Encontrou nova morada
No ínfimo teu.

Já não sinto dor ou dó, se me dôo 
Ao bem que me foi revogado
Quando for necessária, 
Real, asfixiante e categórica,
A senhora de três letras (ROD)
O senhor de 6, será fatídico
A c a b o u   u o b a c A

E assim eu estarei segura.
Peito, dna, colo, dengo
Mais uma vez?
Por todas. Always. 
And always. 

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

White of peace?

Ano novo, vida fadada à velhice que se transformou em nova exceção
Mistérios que voam longe demais pra presenciarem a realidade
A minha verdade, à minha maneira.

Já estava previsto?
Já estava previsto.
O sentido de viver encontro aqui, quando aos Teus pés derramo o coração.

Nem tanto assim,
Nem tão profundo assim
Mas o sentido é fato.
A condição de aceitação do presente também.

Aceitei o presente,
Obrigada mesmo,
Não é exatamente de grego,
Mas o verbo causar será conjugado eternamente
Junto ao substantivo dor.

Crianças não causam tanto remetimento (neologismo) ao passado,
Nem me preocupo mais com o luso-brasileiro,
Obrigada pelo afeto explorador e viajante.

Acredito que compreendi o que é servir,
Mesmo estando um tanto desprovida de ME ultimamente
E com objetos perfurantes ao Raio-x
Que ao mesmo tempo em que permitem desidratação,
Me acorrentam à minha sina resignada.


A(s) dúvida(s) continua(m),
A rendição à saúde em ambos os aspectos faz parte do projeto inicial,
Mesmo que "não demonstrem todo o potencial"
De quem?
Por quem?

Amigos de superfície? Fadados?

Chega de interrogatório fajuta.

A hora é essa.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Paradisé paraboliqué


Um sorriso, uma palpitação oscilante no peito canhoto
Experiência única que até transcende o imaginável
Mas por quantas primaveras?
Até que meu corpo se esmoreça e fique absolutamente quieto.
Calado, frio e ríspido. Austero.

Assim que acordar te sentir aferindo o calor da minha pele
Agonizante evidência na areia ansiolítica de Maceió
É tão claro que me cega
Tão lógico que ofende meu córtex e também o de Charlie

Sintonia, telepatia, comunicação por ele mesmo

Ouvi!
***************
Pen22ei!
***************

Quarta feira serei dois ponto dois
E sem turbina
Com aro vinte e cinco e também trinta e três
Sim: primeiro eles, eu venho depois








sexta-feira, 19 de abril de 2013

Incertezas

Chega um momento da sua vida em que todos os seus problemas refletem decisões que serão cruciais para a implementação dos seus mais longínquos sonhos.

E isto é bem complexo, se você já percebeu.
Ainda mais quando a ficha finalmente cai.
E você compara a sua vida a de alguém que algum dia esteve na mesma situação.
Compara e indaga sobre o presente dela que, possivelmente será o seu.
Pergunta-se, numa tentativa frustrada de descobrir algo subjetivo demais, se a pessoa é feliz ou pelo menos tem menos problemas que você.

A resposta é absolutamente negativa.

E então é mais fácil desistir de ter exemplos.
Se deixar levar pelos momentos.
Principalmente pelos ímpares e sem precedentes.
Pelos que você almeja ter pelo restante dos seus dias.
Que sejam lindos e limpos e verdejantes.
Mas que te tragam certezas que só você mesmo pode decidir se são válidas.


Borboletas

Medo.


De estar agindo precipitadamente.
Do arrependimento. Das dúvidas e decepções futuras.

Quero, posso, devo, transpiro teu suor. Leio teus olhos e lábios incessantemente.
Até que em vasodilatações eu esteja satisfeita.

Mas o medo continua.

Por tudo que vi, ouvi, senti e finalmente percebi.

Mas é mais forte, mais amplo, mais concreto.

(*)

Estou errada. 
É provável que sim. Ou não, segundo Heinsenberg.

Se tudo isso fosse outrora, mais certa estaria.

Sim.

É assim que responderei.
Pela sublime música que é tocada em meus ouvidos.
Pelo som de anjos ecoando em meu coração.
E finalmente, pelas mãos suadas.

Nas borboletas não acredito mais, pois são superficiais demais.
E mentirosas.

É isso que serei, feliz!


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Escolhas

"Pessoas são só humanas, portanto sujeitas de si mesmas".

Não é estranho quando a gente, sem querer, vai mexer em velharias em busca de um documento, uma foto ou um caderno velho e, de repente, encontra algo que nos faz repensar o presente de forma devastadora e nostálgica?

Acabo de me deparar nessa situação.

E a frase entre aspas do início do post, escrevi em 2010, quando tinha 18 anos, numa espécie de desabafo. Encontrei misturada a outros tantos itens que me remeteram tão logo ao passado não muito distante.

Meu documento de Identificação do Recém Nascido, boletins do ensino fundamental, certificado do Proerd, fotos antigas, comprovantes de pagamentos, rolha de vinho, sonhos não realizados, letras estranhas, escuridão.

Tudo isso misturado com uma tralha de desdenho e desafeto.

Parei e repensei toda a minha pequena experiência de vida em uns dois minutos. Continuo com as mesmas perspectivas? Ainda possuo os mesmos valores? E os sonhos? E as borboletas no estômago? Ou o medo do futuro? Ou ainda a mania intrigante de pensar demais e planejar deveras, incessantemente? NÃO!!

Tudo mudou, mas está limpo e igual aos meus sonhos. O tempo deixou de ser rei. Existe outro, agora.

Eu me importo mais. Eu me controlei mais. Eu aceitei grandes e pesadas cargas. E estou, enfim, aceitando tudo isso como se fosse simplesmente culpa de minhas escolhas. Por simples racionalismo e coerência. Perfeição!

Aceitar, crer e não se importar. Existe alguém capaz de me defender disso tudo. Resolvido!


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Início


Há alguns meses, em uma viagem de volta de Xapuri (minha terra natal, onde ainda vivem meu pai e minha irmã), aconteceu algo que contribuiu enormemente para mudar alguns conceitos que até então eram pífios pra mim.

A “viagem” foi meio desprogramada, houve meia dúzia de desentendimentos familiares por lá, constrangimentos, discussões desnecessárias e muito blá blá blá. Mas enfim, chegou o momento de voltar pra casa, colocar a mala no carro e partir rumo à felicidade.

Mais ou menos na metade da viagem, eu, que estava no banco de trás do carro junto com meus sobrinhos, estava com muito sono. E quando se está com sono sendo passageiro num carro, tenta-se dormir olhando para o céu, tentando imaginar que as nuvens são carneirinhos a fim de contá-los (acho que pessoas normais fazem isso). E foi isso que eu tentei fazer. À princípio deu muito certo, só não a parte onde eu consigo dormir. Vi vários carneirinhos, ovelhas, lãs, algodão doce, cúmulos nimbos, avestruzes e patos. Até que, nas nuvens, enxerguei um homem, sentado, com uma espécie de cajado, me olhando. Piscava os olhos e enxergava o rosto desse homem mais próximo. Imaginava dezenas de coisas e elas se mostravam em forma de nuvens no céu. Era fascinante.

No início eu nem quis acreditar que aquilo era de verdade. Mas passei cerca de meia hora visualizando imagens vindas da minha consciência. Era como se eu estivesse lá em cima, moldando as nuvens. E na maioria das imagens, a imagem do rosto do homem as acompanhava, dando um charme todo especial.

Naquele momento me senti um tanto estranha, um tanto à vontade e segura. Como se todo aquele mundão fosse meu e dependesse de mim para continuar a existir. Mil pensamentos circulavam meu subconsciente. Eu estava voltando à sobriedade, à minha realidade, onde nuvens são só nuvens.

Mas aquelas nuvens tinham me tocado. Meu semblante havia mudado, e foi quando uma gota de lágrima caiu dos meus olhos e eu tentei segurá-la. Mas já era tarde demais. Várias desabaram e meu irmão quase percebeu. Fingi que estava dormindo e debrucei meu rosto no canto do carro.

Imaginei e compreendi o absurdo que eu estava a cometer. O absurdo que era não crer que toda a maravilha que é viver, a perfeição paradoxal que é a fisiologia e a anatomia do ser vivo, a biodiversidade que existe em harmonia conosco, havia sido criada por um ser com capacidade inteligível indubitável em detrimento de uma teoria que, naquele momento, se mostrava fajuta e idiota pra mim.

Envergonhada de mim mesma, eu só queria chegar em casa e passar uma borracha em tudo o que eu havia dito, feito e demonstrado anteriormente. Fazer com que as pessoas a quem eu deixei transparecer minha intolerância e indignação/revolta esquecessem que eu já pensei daquela forma.
Mas eu ainda estava dentro do carro.

Olhei para o lado e ainda via meus sobrinhos, à frente via minha cunhada e meu irmão. Estava tudo bem, afinal eu tinha um emprego, um namorado, uma família, uma vida. Parei, pensei mais um pouco e cheguei à conclusão de que, aquilo era asneira da minha cabeça. De que, quando eu chegasse em casa, voltaria tudo ao normal, e aquele dia seria esquecido muito rapidamente.

Mas não aconteceu isso. Felizmente.

Uma paz interior tomou conta de mim a partir daquele dia, e, hoje eu acredito que aquele foi um dos motivos que me fizeram crer em Jesus Cristo, no Criacionismo, no amor de Deus. Eu acredito piamente que, as nuvens foram um presente dEle para mim, afinal, era o mês do meu aniversário.

Ana Cañas


Resolvi voltar aqui depois de tanto tempo, não para, mais uma vez, transcrever o que penso, o que imagino ou falar do que discordo. Hoje, enquanto pensava com meus botões, durante uma breve olhada no reflexo do espelho, ao som de Ana Cañas, notei que, PELA PRIMEIRA VEZ NA MINHA VIDA, as coisas fazem sentido. FAZEM MUITO SENTIDO.

Não sei se pela euforia mesclada com calmaria sem precedentes que senti ouvindo a música, ou pelo momento. Momento que talvez seja único, momento em que a importância dos vários instantes que eu vivo estão se entrelaçando e me fazendo crer ou perceber que eu, finalmente, tenho um pequeno espaço no mundo.

Soa estranho até quando eu releio o que eu acabei de escrever. Mas é a verdade. Inexplicavelmente eu acredito que vivia sem perspectiva concreta nenhuma. Depois de tudo o que passou, sinto que isso dói. Dói mesmo.

Mas só dói porque hoje eu fundi todo o “aprendizado excepcional” que eu tive no decorrer do tempo, com uma única luz interior, uma única centelha que foi reacendida, que hoje me move e não me transformará em cinzas novamente.

Essa luz iluminou o meu dia. 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Respostas


Minha sina havia me dado um tempo, mas já deu as caras novamente.



Porque você, mesmo temendo uma perda devastadora a longo prazo por já ter vivido a mesma situação, tendo a oportunidade de fazer tudo diferente agora, continua errando e cometendo atos que alusivamente remetem à concretização de tal perda? É irracional, sabia?

Mais irracional ainda, é perceber que te dão todas as chances do universo para uma mudança significativa nesse sentido e você não reconhece a relevância. E quem te oferece isso é nada menos quem antes era o menor interessado na sua mudança, não por dó ou compaixão, mas por AMOR.

Mudanças comportamentais. Complexas, não? Me sinto irrisória e despercebidamente decepcionada por não ser motivo suficiente para que elas ocorram.

Mais ainda por ver que consegui no meu interior, mediada pelo sujeito oculto desta melancolia basbaque, mudanças de atitude desde comportamentais até espirituais.


O que antes foi fonte de inspiração primária para inúmeras dessas mudanças, hoje é somente um fruto qualquer de uma geração corrompida pela promiscuidade e falta de caráter.



"A juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes" Humberto Gessinger

terça-feira, 1 de maio de 2012

Troianos


Não é tudo igual, as expectativas é que são sempre as mesmas. Assim, o culpado é quem esperava a mudança num contexto geral.

Mesmo sem arrependimentos, seria impossível não deixar transparecer tamanha decepção.
A confiança é a espinha dorsal de qualquer relacionamento, e quando ela se rompe, por qualquer que seja o motivo, é incompreensível dizer que ainda existe um relacionamento de amizade, de fraternidade, de namorados.

Não sou de me explicar delongamente, mas se (eu disse SE) ainda houver algo de agora em diante, isto será muito diferente. Assim como todos os conceitos concebidos até agora. E mais uma vez, eu embarco com meu fado nessa imundície que é o seu mundo. “Tenho quase certeza que eu não sou daqui (...)”

Ah, foi um ótimo presente de aniversário. De grego eu diria.

domingo, 1 de abril de 2012

Sopa de percepções




Tem certeza de que você está errado quando faz uma observação demonstrando toda sua ira sobre um assunto que muito lhe interessa e ninguém aceita sua colocação? Relativamente você está correto, absurdamente correto. Também é uma descoberta incrível, deveras.

Se é incoerente para o maior interessado e sensível de prejuízos, é ilógico que este concorde. Tem-se mais é que ficar irado mesmo, procurar entender o motivo de não agirem como o esperado e propor mudanças. Se alguém está doente e mesmo assim lúcido, quem decidirá sobre ele?


As mulheres quando ficam bravas e sensíveis na TPM, não demonstram sentimentos vazios e fictícios. Muito pelo contrário, estes existem e são muito reais, e como acontece com o álcool para quem é introvertido, os sentimentos afloram. Um problema não será resolvido se for tratado somente como “aflorado em dias ruins”. É um problema e como tal deve ser levado a cabo. Consciente e resolutamente.

E se você não é reconhecido? Imagine que você é um renomado escritor e quando está passando na rua, encontra um ex professor da faculdade. Você acostumado com a euforia das pessoas, nota que o professor não lhe parabeniza e dá indícios de que nem conhece seu trabalho. Só o cumprimenta e vai embora. É decepcionante, não?

É necessário paciência para se chegar onde se quer. É certo que o perfeccionismo notado é precursor do reconhecimento. De nada adianta SÓ VOCÊ saber do seu potencial, é preciso cautela e um pouco de tempo, ainda mais se a timidez está presente.

Empatia


Segurança e uma dose a mais de narcisismo (entenda como egoísmo ou amor-próprio). É isso. Necessidades indomáveis e catastróficas.

Não entendia o motivo de certos relacionamentos não darem certo, até algumas semanas atrás. É importante estar com os dois pés fincados no chão para embarcar em uma guerrilha de sentimentos aflorando-se e adentrando num seleto mundo de indecisões e devaneios ocultos. Mais importante, é a descoberta de somente se afixar estima/empatia/afeto reais de si para com outrem quando se está certo das premissas, propósitos, considerações e reciprocidades do dito cujo. A descoberta, não o fato em si. Pois se descubro que tenho forças suficientes para quebrar uma grade que me prende, ponderarei sobre as possibilidades que se fizerem mais proveitosas. Se tenho somente desafetos do lado oposto, cá permaneço.

Empatia. Me imagino do lado oposto e se me vejo agindo de outras formas (com austeridade, p.ex.), é fadado que o “dito cujo” é desleal. E principalmente: o sujeito tem ciência dessa possibilidade através de indícios indissociáveis que foram demonstrados silenciosamente, o que fez com que uma imagem negativadora fosse criada intima e despretensiosamente.

Decerto há algo. Mesmo que alusivamente, há que se concordar.